Em novembro, o SBE e os docentes de Português da DAFG organizaram mais uma edição do concurso de escrita criativa de S. Martinho, no qual participaram 17 alunos do 2.º ciclo e 10 alunos do 3.º ciclo, a título individual ou em grupo.
Os participantes foram convidados a elaborar um texto narrativo a partir do provérbio tradicional: “A castanha tem três capas de inverno: a primeira mete medo, a segunda é lustrosa e a terceira é amarga.”
Limitados a número restrito de palavras (entre 80 e 100 palavras no 2.ºciclo e 130 a 150 no 3.º ciclo), os alunos criaram diferentes enredos para ilustrarem este dito popular.
Apresentamos aqui os textos vencedores.
AS CAPAS DA MARIA CASTANHAEra uma vez uma castanha que se chamava Maria Castanha. Ela era muito vaidosa e adorava comprar roupa.Certo dia, ao abrir o seu armário, reparou que não tinha capas de inverno e, então, decidiu ir às compras.No supermercado, viu uma capa com muitos espinhos e levou-a. Mais à frente, viu outra cheia de diamantes e levou-a também. Quando ia pagar, reparou ainda noutra capa (tão amarela como um limão) e decidiu também comprá-la.E foi assim que a castanha conseguiu três capas para o inverno: a primeira mete medo, a segunda é lustrosa e a terceira é amarga.
2.º ciclo, texto vencedor - Guilherme Roque Nº 7—A6B
AS TRÊS CAPAS DE INVERNO
Numa madrugada orvalhada de início de outono, uma castanheira estava a começar a florir. Essas florzinhas, pequeninas e frágeis, começaram a compreender mais o sentido da realidade e foram ficando mais distantes e frias. Sem que se apercebessem, começaram a ganhar espinhos à volta delas.
No entanto, por mais tempo que passasse, foram notando que a vida não é assim tão cruel e espinhosa, pois viam pessoas a passar nas ruas que eram gentis e amáveis. Assim, começaram a ceder ao encanto dessas pessoas, caindo e deixando-as ver o seu lado mais lustroso.
A partir desse momento, todas as castanhas decidiram cair, mais cedo ou mais tarde, para que toda a gente visse o seu lado notável. Mas, havia um porém: a castanheira estava descontente. Ao ver que as pessoas se aproveitavam das castanhas, ela encheu o seu coração de rancor e amargura, o que fez com que ela murchasse.
Contudo, isto não era o fim, havia sempre uma castanha que ficava ao lado da castanheira e ela enchia-se outra vez de esperança, vez após vez.
3.º ciclo, texto vencedor - Ana Salvador, nº 1; Carolina Pinto, nº5 e Ema Costa, nº7—A9A
Parabéns aos vencedores e a todos os participantes!
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