Bibliotecas do Agrupamento

Bibliotecas do Agrupamento
Há o hábito de pensar que se entra numa biblioteca para procurar um livro. Não é verdade. Sim, por aí se começa, mas o que na realidade se busca é aventura.
Umberto Eco

28 de abril de 2020

Movimento 14-20 a Ler

O PNL criou uma página web do Movimento 14-20 a Ler. Tem como objetivo "incentivar a leitura e a escrita entre os jovens dos 14 aos 20 anos, através de uma convergência de linguagens e espaços de expressão (literatura, ciência, banda desenhada, animação, música, teatro, teatro, dança e artes cénicas, fotografia e artes gráficas, cinema e criação audiovisual, arte urbana,…)".


Caso queiras participar informa os professores bibliotecários da tua escola.

27 de abril de 2020

PÚBLICO na Escola: trabalhos dos alunos do 11º ano de Artes Visuais


O 25 de abril vivido em confinamento, representado por alunos do 11º ano de Artes Visuais, da Escola Secundária de Ermesinde, orientados pelo docente Fernando Alves, numa aula síncrona de Desenho A, como resposta a um desafio do PÚBLICO, no seu projeto PÚBLICO na Escola. 

Os trabalhos realizados foram publicados ontem pelo jornal Público: http://www.publico.pt/2020/04/25/publico-escola/noticia/voz-expressao-artistica-25-abril-vivido-quatro-paredes-1913779?fbclid=IwAR1q4GYjnGY2ymRo7pByO9CbGpbQTbO2YNG1-DHh0RrtDRUlLSdn25GpJ_s


Parabéns aos alunos e ao professor!

22 de abril de 2020

Dia Mundial do Livro

"Um livro no coração. Todos somos Livros." Cartaz de Mariana Rio.
O dia 23 de abril foi escolhido pela UNESCO, em 1966, como Dia Mundial do Livro.
Esta data foi escolhida em homenagem grandes escritores, como Shakespeare, Cervantes e Garcilaso de la Vega (falecidos no mês de abril) e  está associada à tradição catalã segundo a qual, neste dia, os homens oferecem às senhoras uma rosa vermelha de S. Jorge e recebem em troca um livro, testemunho das aventuras do cavaleiro.
O cartaz escolhido pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) para comemorar esta efeméride é da autoria da ilustradora Mariana Rio.

17 de abril de 2020

História de uma baleia branca


Uma proposta de leitura, um possível recurso, a justa homenagem... partiu mais um contador de histórias do Sul ... do Mundo, Luís Sepúlveda


sinopse de uma fábula editada em maio de 2019:
De uma concha apanhada por uma criança numa praia chilena, ao Sul do Mundo, uma voz se eleva, cheia de lembranças e sabedoria. É a voz da baleia branca, o mítico animal que durante décadas tem guardado as águas que separam a costa de uma ilha sagrada para os povos nativos daquele lugar, o Povo do Mar. O cachalote da cor da lua, a maior das criaturas do oceano, conheceu a imensa solidão e a imensa profundidade do abismo e dedicou a sua vida a cumprir fielmente a tarefa misteriosa que lhe foi confiada por um cachalote-ancião, resultado de um pacto há muito tempo estabelecido entre baleias e marinheiros. Para cumpri-lo, a grande baleia branca teve de proteger aquele mar de outros homens, estranhos, que com os seus navios ali chegavam para tirar tudo sem respeitar nada.Foram sempre eles, os baleeiros, a contar a história da temida baleia branca, mas agora é chegado o momento de ouvirmos a sua voz na velha língua do mar.
A perspetiva da Mocha DicK!

Professora Teresa Ferreira

16 de abril de 2020

Luís Sepúlveda - n. 4/10/1949 - f. 16/04/2020

O escritor chileno Luis Sepúlveda morreu hoje, aos 70 anos, em Espanha, em consequência da doença covid-19. A notícia foi avançada pela agência espanhola Efe, citando fontes próximas do escritor, e confirmada igualmente pela Porto Editora. Sepúlveda estava internado desde finais de fevereiro num hospital de Oviedo, em Espanha, onde foi diagnosticado com a referida doença. Os primeiros sintomas ocorreram dias antes, quando esteve no festival literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim. A confirmação de que estava infetado com a covid-19 levou, na altura, o Correntes d’Escritas a recomendar uma quarentena voluntária aos que participaram no festival e estiveram em contacto com o escritor chileno. A Biblioteca associa-se com pesar ao seu desaparecimento.


15 de abril de 2020

Os Lusíadas - Teatro do Bolhão





O Teatro do Bolhão disponibilizou no seu canal do YouTube o espetáculo  Os Lusíadas, com encenação de Beatriz Frutuoso e Mafalda Pinto Correia, na sua versão de 2017.




14 de abril de 2020

10 de abril de 2020

Student Keep

Student Keep é um projeto pertencente ao movimento #tech4covid19, que procura combater o problema da desigualdade no acesso à Educação, agravado pela suspensão das aulas presenciais devido à pandemia Covid-19. Os alunos que não têm acesso a computador e/ou a internet não conseguem acompanhar as atividades escolares propostas pelos professores que tentam lecionar à  distância.

Student Keep


TOOLS4EDU

TOOLS4EDU

A comunidade tecnológica combate a Covid-19 ( Tech4Covid19)  criou uma plataforma de apoio ao ensino à distância para apoiar alunos, professores e encarregados de educação. Disponibiliza, por exemplo, vários tutoriais sobre o Microsoft Teams. 




2 de abril de 2020

Literatura em tempo de isolamento...


Dia Internacional do Livro Infantil

Cartaz da DGLAB criado por André Letria
 FOME DE PALAVRAS
Na minha terra, os arbustos florescem em finais de abril, início de maio, e logo se enchem de casulos de borboletas. Parecem bolas de algodão ou pedacinhos de algodão docemas as crisálidas que ali de desenvolvem devoram folha após folha, até os arbustos ficarem despidos. Quando as borboletas saem destes casulos, iniciam os seus voos delicados, mas os arbustos não são destruídos. E quando chega o Verão, florescemnovamente, e assim acontece ano após ano
É isto que sucede ao escritor e ao poeta. São devorados, esvaziados pelas suas histórias ou poemas: quando estes já estão escritos, saem a voar para acabar nos livros e poderem encontrar os seus ouvintes ou leitores. E isto repete-se uma vez, e outra vez. 
O que acontece aos poemas e às histórias? Conheço um menino que foi operado aos olhos. Depois da cirurgia, teve de ficar duas semanas deitado sobre o lado direito. Durante um mês, não pode ler, não pode ler mesmo nada. Quando ao fim de um mês e meio pegou finalmente num livro, parecia que o livro era uma tigela onde apanhava palavras à colher. Como se as comesse. Como se verdadeiramente as comesse. 
Conheço uma rapariga que cresceu e é agora professora. Disse-me: coitadas das crianças a quem os pais não leem livros. 
As palavras nos poemas e nos contos são comida. Não são comida para o corpo: ninguém pode encher o estômago com elas. São comida para o espírito e para a alma. 
Quando temos fome e sede, o estômago encolhe-se e a boca seca. Procuramos um pedaço de pão, um prato de arroz, de milho, um peixe ou uma banana. Quanto mais fome se tem, mais a atenção diminui, e já não se vê mais nada para lá do pedaço de comida que nos saciaria. 
A fome de palavras não se manifesta deste modo, mas adquire a forma da melancolia, do esquecimento, da arrogância. As pessoas que sofrem este tipo de fome não percebem que as suas almas tremem de frio e lhes passam ao lado. Uma parte do mundo foge-lhes das mãos sem que disso tenham consciência. 
Esta fome pode ser saciada com contos e poemas. 
Mas haverá esperança para aqueles que nunca se alimentaram de palavras para satisfazer a fome? 
Sim, há. O menino lê quase todos os dias. A menina que já cresceu e se tornou professora lê histórias aos seus alunos. Todas as sextas. Todas as semanas. Se um dia se esquecer, os alunos vão lembrá-la. 
quanto ao escritor e ao poeta? Quando chegar o Verão, ficarão novamente verdes. E mais uma vez serão comidos pelas histórias e pelos poemas que escrevem, que voarão em todas as direções, como borboletas. Uma vez, e ainda outra vez.
Peter Svetina (n. 1970, Ljubljana, Eslovénia)
Tradução: Maria Carlos Loureiro