A 23 de
abril celebra-se
o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de
Autor. A data tem como objetivo reconhecer a importância e a utilidade dos
livros, assim como incentivar
hábitos de leitura na população.
Os
livros são um importante meio
de transmissão de cultura e informação, e elemento fundamental no processo
educativo.
Origem da data
A
UNESCO instituiu em 1995 o Dia Mundial do Livro. A data foi escolhida por ser
um dia importante para a literatura mundial - foi a 23 de abril de 1616 que
faleceu Miguel de Cervantes e a 23 de abril de 1899 que nasceu Vladimir Nabokov
(escritor russo). O dia 23 de abril é também recordado como o dia em que
nasceu e morreu o escritor inglês William Shakespeare.
A data serve ainda para chamar a atenção para a importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e desenvolvimento económico.
A data serve ainda para chamar a atenção para a importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e desenvolvimento económico.
Ler é o que está a dar!
E o que é
que Rogério faz? Absolutamente nada. Só pensa: “Ainda bem que tenho o João”.
O João é
o seu melhor amigo, um amigo a sério, um amigo com quem se pode contar.
O Rogério
sabe muito bem o que é um amigo com quem se pode contar. Sempre que ele se
esquece de alguma coisa, é o João que o livra de apuros.
O Rogério
vai para a escola sem sapatilhas.
— Logo vi
que ias esquecer-te! — diz o João, tirando um par de meias grossas do saco de
ginástica, que entrega ao Rogério.
O Rogério
chega ao parque sem bola.
— Logo vi
que ias esquecer-te!
O João
tem escondida, atrás das costas, a sua própria bola, que lhe estende.
O Rogério
vai com o João à feira popular e não leva dinheiro na carteira.
— Logo vi
que ias esquecer-te! — E como não se pode andar no carrossel sem pagar, o João
tira uma moeda do bolso.
E é assim
dia após dia: o Rogério esquece-se sempre de alguma coisa, o João, nunca… ou
será que não?
Não. O
João esquece-se sempre dos lápis de cera. Não adianta esforçar-se por fazer a
pasta a tempo e horas. Quando chega a aula de desenho, o João não tem os lápis
de cera na pasta.
O Rogério
sabe que o João se esquece sempre deles, e por isso ele, Rogério, pode
esquecer-se de tudo o que há no mundo, só não se esquece dos lápis de cera.
Estão na
aula de desenho. O Rogério tira os seus lápis da pasta e põe-nos em cima da
carteira. O João volta a ficar corado de vergonha porque deixou os lápis em
casa, no quarto.
Então, o
Rogério sorri e tira da pasta outra caixinha de lápis de cera, que pousa em
cima da carteira do João.
— Logo vi
que ias esquecer-te! — diz ele a sorrir.
Lene Mayer-Skumanz (org.) Hoffentlich bald Wien,
Herder Verlag, 1986 tradução e adaptação
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