A estrela de David destaca-se da capa. Podemos ficar com ela na mão, olhá-la como lembrança de um dos períodos mais terríveis das História da Humanidade. No livro, no lugar da estela cartonada, o espaço da estrela, a forma da estrela em janela que nos convida a entrar na História de Erika.
Erika, a protagonista de uma História terrível, que nos interroga, comove, e aponta um caminho de não esquecimento. Erika, uma sobrevivente, um estar viva de um acto de amor extremo dos seus pais, que a caminho da morte num campo de concentração, a conseguiram salvar.
Erika mulher, uma história contada por ela própria Erika menina-memória, sem rancores, ódio, desejos de vingança. Uma história que nos prova que na dor mais imensa, que no desespero mais sem fundo, uma luz de esperança pode nascer de um gesto, de uma atitude. Sim, porque Erika é uma história de Esperança, de Não-Esquecimento, de Amor.
Um livro formidável de Ruth Van der Zee, com ilustrações muito belas e profundamente evocativas a “cinzento-realista”, de Roberto Innocenti.
Um Livro sem idade, para todas as idades, um livro que no fim da sua curta leitura nos deixa um saldo de um deve e haver para o mundo e a vida. No fundo, um grande livro para um público-alvo que é a juventude, mas que todos beneficiarão da sua leitura, até porque como dizia Simon de Wisenthal “, a liberdade não é uma dádiva dos céus”!
Professor Arlindo Vieira
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