Bibliotecas do Agrupamento

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Há o hábito de pensar que se entra numa biblioteca para procurar um livro. Não é verdade. Sim, por aí se começa, mas o que na realidade se busca é aventura.
Umberto Eco

23 de novembro de 2016

Vencedores do concurso de escrita criativa de S. Martinho

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      TEXTO VENCEDOR DO 2.º CICLO 

O Magusto

     No dia do magusto, o senhor João decidiu ir vender à cidade castanhas quentes e boas, acabadas de sair do forno.
    Nesse mesmo dia um par de gémeos consumidores decidiram ir comprar as castanhas dele e no mesmo instante foram para casa. Provaram aqueles frutos de outono e, de seguida, acharam-nas esquisitas, mas deliciosas, ao mesmo tempo. Os gémeos Ana e Miguel decidiram ir à cidade comprar castanhas daquelas.

   Passado um dia quiseram fazer negócio com ele, pois aquelas castanhas eram de morrer, então decidiram abrir uma fábrica de castanhas. 
    A sua rotina diária era levantarem-se cedo, arranjarem-se, calçar as luvas e, já prontinhos, irem apanhar ouriços. Depois levam os ouriços para a fábrica, retiram as castanhas e cozem-nas no forno.
   Já prontas para serem vendidas, os gémeos levaram-nas para a cidade e decidiram vendê-las, com o senhor João.
    O seu negócio lucrou muito nesse dia tão especial.

  TEXTO VENCEDOR DO 3.º CICLO 

As linhas de Joaquim

    Há quem tenha a história da vida, escrita em parágrafos perfeitos, com linhas direitas e sem erros ortográficos. No caso, Joaquim Monteiro, tinha a sua vida escrita em linhas tortas, com erros e palavras riscadas. Em tempos antigos as famílias eram maiores, Joaquim tinha 4 filhos e o dinheiro que ele fazia na fábrica onde trabalhava era escasso. A sua mulher cuidava apenas da casa e dos filhos.  
   Num dia cinzento, apesar de todos os esforços, a fábrica onde Joaquim trabalhava acabou por fechar. Ele havia tentado vários outros empregos por conta própria, mas todos haviam falhado: a sua carreira como sapateiro, carpinteiro e até mesmo a venda de comida que ele mesmo cultivava.
    Chegou o dia de São Martinho, Joaquim tinha perdido as esperanças mas ele resolveu tentar uma última coisa. O pobre homem decidiu assar e vender castanhas.
     Então, por mais tortas que as linhas fossem, Joaquim aprendeu a caminhar nelas e a traçar a sua história sabendo que nada é perfeito. Para além de feliz no que fazia, Joaquim fazia também os outros felizes com as suas castanhas e conseguiu fazer o dinheiro suficiente neste seu novo ganha pão. Quando não havia castanhas, Joaquim continuava a sua paixão fazendo e vendendo produtos com castanhas. 


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